Confrontos armados entre cristãos e muçulmanos deixaram mais de 300 mortos em quatro dias na semana passada na cidade de Jos, no norte da Nigéria, como noticia a hoje a imprensa local.
Segundo o relatório da Polícia de Jos, 303 pessoas foram presas por ligação com os confrontos, que se estenderam a outros povoados próximos à cidade.
Cerca da metade dos detidos foi levada para Abuja, a capital federal nigeriana, para interrogatório. É a primeira vez que as autoridades informam sobre o número de mortos nos enfrentamentos.
Algumas versões não oficiais elevam o número de vítimas a cerca de 500. O comissário geral da polícia do estado de Plateau, Greg Anyating, disse no sábado passado que os rumores sobre o número de mortos são falsos e ressaltou que as autoridades divulgariam “os números corretos” quando as investigações terminassem.
Os analistas culpam pela incessante violência étnica, religiosa e sectária que afeta o país o fato de os responsáveis pelos problemas nunca serem levados à Justiça. Já a oposição responsabiliza alguns políticos “sem escrúpulos” que estão por trás da contínua crise que deu “má fama à Nigéria”.
Segundo ele, a reputação ruim se agravou com o atentado fracassado realizado por um nigeriano contra um avião, nos Estados Unidos. Os conflitos entre cristãos e muçulmanos na Nigéria custaram a vida de mais de 13 mil pessoas desde 1999, quando foi implantada a “sharia” (lei islâmica) em 12 estados do norte do país.
Com quase 150 milhões de habitantes divididos em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria é o país mais povoado da África. As diferenças por questões políticas, religiosas e territoriais desencadeiam, no geral, confrontos armados.
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